Vimos que a Bíblia ensina que aqueles que estão sob a Antiga Aliança dada no Sinai estão em escravidão. A Escritura nos diz claramente para expulsar a Velha Aliança (a escrava) e aqueles que a promovem (seu filho). A Bíblia nos diz que aqueles que estão sob a Nova Aliança são livres.
Mas o que acontece com aqueles que mantêm um pé na Antiga Aliança e outro na Nova Aliança? Devemos continuar a agarrar-se na lei só para ficarmos em segurança? A lei ainda tem algum poder sobre nós Cristãos? A Bíblia responde a estas perguntas em Romanos capítulo 7 usando uma ilustração sobre o casamento.
Romanos 7:1-6 (NVI)
1 Meus irmãos, falo a vocês como a pessoas que conhecem a lei. Acaso vocês não sabem que a lei tem autoridade sobre alguém apenas enquanto ele vive?
2 Por exemplo, pela lei a mulher casada está ligada a seu marido enquanto ele estiver vivo; mas, se o marido morrer, ela estará livre da lei do casamento.
3 Por isso, se ela se casar com outro homem enquanto seu marido ainda estiver vivo, será considerada adúltera. Mas se o marido morrer, ela estará livre daquela lei, e mesmo que venha a se casar com outro homem, não será adúltera.
4 Assim, meus irmãos, vocês também morreram para a lei, por meio do corpo de Cristo, para pertencerem a outro, àquele que ressuscitou dos mortos, a fim de que venhamos a dar fruto para Deus.
5 Pois quando éramos controlados pela carne, as paixões pecaminosas despertadas pela lei atuavam em nossos corpos, de forma que dávamos fruto para a morte.
6 Mas agora, morrendo para aquilo que antes nos prendia, fomos libertados da lei, para que sirvamos conforme o novo modo do Espírito, e não segundo a velha forma da lei escrita.
Releia esta passagem mais de uma vez, lenta e cuidadosamente e em espírito de oração. Medite sobre o que a Bíblia está querendo dizer aqui.
Se ainda estivéssemos sob a lei da Antiga Aliança, então seria um adultério espiritual quebrar qualquer parte da Antiga Aliança ao nos juntar a uma Nova Aliança. É como um casamento. Você só pode ter apenas um cônjuge ao mesmo tempo; qualquer outra coisa é adultério, a menos que um dos cônjuges morra.
Cristo cumpriu a lei por completo, as justas exigências da lei e a pena por desobediência (morte). Sua vida perfeita e morte substitutiva são creditadas a nós. Porque estamos nele, nós morremos para a lei, que ele já cumpriu, o que nos permite viver para ele.
O Antigo casamento com a lei é dissolvido pela morte de Cristo. Estamos livres da lei! Fomos libertados da lei e juntamo-nos a Cristo. Somos agora a noiva de Cristo em vez de estar casados com a lei. No entanto, se tentar voltarmos para a lei, então nós estaremos cometendo adultério. Nós não podemos viver como a noiva de Cristo e nos apegarmos à lei. Se fizermos isso, seria o equivalente a sermos prostitutas espirituais.
Somos chamados a não viver mais pela antiga letra que mata, mas para servir em novidade de vida através do Espírito. Nós não podemos manter um pé na Antiga Aliança e outra em Nova Aliança e ainda ser fiel a quem nos comprou. A Antiga união esta dissolvida. Temos um novo marido e Ele quer que vivamos completa e totalmente dedicados a Ele, livre-se dos amantes do passado. É hora de deixar os amantes sermos fiel a Cristo.
Outras passagens dizem coisas muito semelhantes.
Romanos 8:1-2 (NVI)
1 Portanto, agora já não há condenação para os que estão em Cristo Jesus,
2 porque por meio de Cristo Jesus a lei do Espírito de vida me libertou da lei do pecado e da morte.
Gálatas 5:18 (NVI)
18 Mas, se vocês são guiados pelo Espírito, não estão debaixo da lei.
Então, se estamos mortos para a lei e vivendo pelo Espírito, isto levanta a questão de por que a lei não foi adicionada primeiro e sim 430 anos depois de Abraão. Vamos explorar essa questão no próximo capítulo.
Próximo Capítulo:
Propósito da Lei (Gálatas 3)
Em Cristo,
Irmão Helio, vou postar aparentemente em todos os pontos a partir de agora. Na paz de Cristo, vamos lá.
ResponderExcluirPeguemos os textos que o irmão escreveu:
"Assim, meus irmãos, também vós estais mortos para a lei PELO CORPO DE CRISTO, para que sejais de outro, daquele que ressuscitou dentre os mortos, a fim de que demos fruto para Deus.
Romanos 7:4"
Entendamos esse texto à luz de Romanos 6:3,4; vejamos:
"Ou não sabeis que todos quantos fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados na sua morte?
De sorte que fomos sepultados com ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida."
Romanos 6:3-4
É claro que o apóstolo está fazendo uma analogia da "morte para a lei", isto é: andar em novidade de vida com Cristo.
Ora, uma pessoa que está em Cristo e sepulta os seus pecados na "semelhança da morte no batismo" (Rm 6:4) agora passa a andar em novidade de vida e "anda assim como ele andou" (1Jo 2:6). De sorte que morrer para o pecado é nascer de novo (Jo 3:3) em Cristo e deixar o pecado, que, por sua vez é "a transgressão da lei" (1Jo 3:4). Por conseguinte, andar com Cristo é não mais transgredir a lei (falo aqui da "lei da liberdade" mencionada em Tiago 1:25; 2:12). Da mesma forma, portanto, que Cristo andou guardou o sábado (Lc 4:16) e Deus no Éden também o guardou (Gn 2:2,3) assim nós devemos também andar.
Portanto, Paulo não está condenando quem guarda a lei, mas sim fazendo uma analogia "a morte para o pecado e a liberdade de quem estar em Cristo", que na minha postagem anterior mostrou que Cristo nos liberta para que guardemos os seus mandamentos (ler 2Pe 2:18,19; Jo 14:15,21; Tg 1:22,15; 2:12; Rm 2:12,13).
Na verdade na verdade, querido irmão, o que eu vejo é que infelizmente está havendo uma má compreensão dos textos de Paulo da sua parte. O irmão está achando que o pecado é cumprir a lei, em vez de "morrer para ela" (isto é, para o próprio pecado).
Aconselho que o irmão leia, com muita oração, Rm 7:7-14 e terá a compreensão correta da lei. Não como um pecado, mas sim como algo que nos acusa, nos revelando o caráter de pecadores e dependentes desesperadamente da graça de Cristo, para que, mediante a sua cruz e sua graça nos crucifiquemos com ele (Gl 2:20), para que possamos "andar como ele andou" (1Jo 2:6).
Que Deus ilumine o irmão.
Irmão Victor Felipe, Paz!
ExcluirPor favor, mostre-me onde disse que a Lei é pecado?
Você entendeu que não estamos sob a Antiga Aliança (Lei)? Que aqueles que mantêm um pé na Antiga Aliança e outro na Nova Aliança são adúlteros espirituais?
A questão da postagem é: Ou você está em Cristo ou debaixo da Lei. As duas alianças não podem coexistir. Se você está debaixo da Lei, está amaldiçoado. Se debaixo da Graça você morreu para a Lei. Vou explicar melhor:
Romanos 6 trata da libertação do pecado, certo? Já Romanos 7 trata da libertação da Lei.
O capítulo 7 de Romanos explica e torna real para nós a declaração em Rm 6.14: "o pecado não terá domínio sobre vós, pois não estais debaixo da lei, e, sim, da graça". O problema é que talvez você ainda não entenda o que é ser livre da Lei. Qual é, pois, o significado da Lei?
A graça significa que Deus faz algo por mim. A Lei significa que eu faço alguma coisa por Deus.
Deus tem certos requisitos santos e justos que me impõe: isto é a Lei. Ora, se a Lei significa que Deus requer algo da minha parte, então ser liberto da Lei significa que Ele não requer mais coisa alguma de mim, porque Ele próprio fez a necessária provisão.
A Lei implica em Deus requerer que eu faça algo por Ele; a libertação da Lei implica em que Ele já fez por mim, pela Sua graça, tudo quanto exigia de mim, isentando-me do seu cumprimen¬to. Eu (o homem carnal de Rm 7.14) não preciso fazer nada para Deus - é isto o que significa ser liberto da Lei.
O problema em Rm 7 consiste em que o homem, na carne, procura fazer alguma coisa para Deus. Esta tentativa imediatamente nos coloca de novo debaixo da Lei, e a experiência de Romanos 7 começa a ser a nossa.
A medida que procuramos compreender isto, fica sempre claro que a culpa não é da Lei. Paulo diz: "A Lei é santa; e o mandamento santo e justo e bom" (Rm 7. 12). Não, nada há de errado com a Lei, mas em mim há algo que não está indo nada bem.
As exigências da Lei são justas, mas a pessoa a quem são feitas não é justa. O problema não está em haver requisitos injustos na Lei; está na minha incapacidade de satisfazê-los.
Somos todos pecadores por natureza. Se Deus nada requer da nossa parte, tudo parece ir bem, mas logo que Ele nos exige alguma coisa, surge a oportunidade de se revelar nossa enorme pecaminosidade. A Lei manifesta a nossa fraqueza. Quando a Lei santa é aplicada ao homem pecaminoso, logo se manifesta plenamente a pecaminosidade dele.
Deus sabe quem sou eu. Ele sabe que, da cabeça aos pés, estou cheio de pecado; Ele sabe que sou a fraqueza em pessoa, que sou incapaz de fazer coisa alguma. O problema, porém, é que eu não o sei.
Continua...
Quanto mais procuramos guardar a Lei, tanto mais a nossa fraqueza se manifesta e tanto mais profundamente penetramos em Romanos 7, até que se nos demonstra claramente a nossa incapacidade total.
ExcluirDeus sempre o soube, nós, porém, não o reconhecemos, e por isso Deus tem que nos submeter a experiências dolorosas, até que cheguemos a reconhecer a verdade. É mister que nossa incapacidade nos seja revelada de maneira completamente fora de dúvida, e Deus faz isto mediante a Lei.
Deus sempre sabia que nunca poderíamos guardar a Sua lei, porque somos tão maus que Ele não pede favores nem faz exigências da nossa parte — nunca homem algum conseguiu tornar-se aceitável a Deus por meio de guardar a lei.
Em parte alguma do Novo Testamento se diz que os homens de fé têm que guardar a Lei — diz-se que a Lei foi dada para que a transgressão se tornasse manifesta. "Sobreveio a lei para que avultasse a ofensa" (Rm 5.20).
A Lei foi dada para nos classificar como transgressores da Lei! Eu sou, sem dúvida, pecador em Adão: "Mas eu não teria conhecido o pecado, senão por intermédio da lei... porque sem a lei está morto o pecado... mas, sobrevindo o preceito, reviveu o pecado, e eu morri" (Rm 7.7-9).
É a Lei que revela a nossa verdadeira natureza. Temos tão elevada opinião quanto ao valor da nossa própria pessoa, que necessitamos da parte de Deus certas experiências para nos provar quão fracos somos.
Quando, afinal, entendemos, confessamos: "Em todos os sentidos e aspectos sou pecador, e, de mim mesmo, nada posso fazer para agradar a Deus".
Não, a Lei não foi dada na expectativa de que a cumpríssemos. Foi-nos dada com o pleno conhecimento de que a quebraríamos; e, depois de a termos quebrado tão completamente que fiquemos convictos da nossa extrema necessidade, então a Lei já serviu o seu propósito. Foi o nosso pedagogo, que nos trouxe a Cristo, para que Ele próprio pudesse cumpri-la em nós (Gl 3.24).
Continua...
Para finalizar:
ExcluirVocê diz: "Da mesma forma, portanto, que Cristo andou guardou o sábado (Lc 4:16) e Deus no Éden também o guardou (Gn 2:2,3) assim nós devemos também andar."
Como você concorda com o "Estudo de Hebreus 3 e 4" creio não ser necessário lhe explicar que o Descanso de Deus em Gênesis 2:2-3 não é o Sábado e que Jesus nasceu debaixo da Lei.
Jesus obviamente guardou o sinal repetitivo da Antiga Aliança (o sábado). Além de outras coisas o sábado lembrava ao povo do descanso perdido no Éden com a entrada do pecado.
Na Nova Aliança também temos um sinal repetitivo para mostramos que estamos debaixo da Nova Aliança e recuperamos esse descanso perdido. Você sabe qual é e em que dia é celebrado?
Que o Espírito Santo de Deus ilumine o irmão.