O DOMINGO
Estudo Pessoal sobre o Sábado por Greg Taylor (Ex-Pastor Adventista). Para ler a postagem completa clique aqui, para ler seu Testemunho aqui.
O DOMINGO NA HISTÓRIA
Foi interessante para mim descobrir o processo da igreja primitiva com isso.
Em um estudo exaustivo sobre o assunto do sábado para o domingo, D.A. Carson lançou um livro chamado "Do Sábado para o Dia do Senhor".[1]
Este livro é um trabalho altamente técnico que examina os pais da igreja primitiva e suas visões sobre o sábado e o domingo.
Desde o ano 100 DC, os primeiros cristãos unanimemente se encontravam no domingo. Esta era uma prática universal entre os cristãos.
Ninguém consideraram isso um sábado.[2] Mas todos encontravam-se nesse dia. Isto foi estabelecido muito antes do que os adventistas têm ensinado. E mais, isso era unânime entre os discípulos dos apóstolos.
É impensável que isso poderia ter acontecido sem ter sido a prática geral durante a era apostólica.
Outra vez eu quero dizer que os primeiros cristãos pensavam que era um dia bom a se encontrar por causa da ressurreição, mas não o associavam com uma mudança do sábado. Alguns destes cristãos, a maioria judeus, continuavam se encontrando no sábado. Outros, na maior parte gentios, não. Eles tinham as razões que nós já discutimos antes. Claramente, eles compreenderam os ensinos de Paulo e do resto da Bíblia, como já estudamos anteriormente. O sábado era uma opção OK, mas não obrigatória aos cristãos.
Entretanto, havia uma necessidade de se reunir para a adoração. Porque muitos dos cristãos judeus ainda assitiam na sinagoga no sábado, havia uma necessidade de ter uma outra hora em que os cristãos poderiam se reunir para suas próprias reuniões privadas. Isso ocorria no domingo, que eles começaram a chamar Dia do Senhor.
Nosso primeiro registro desta referência foi no ano 107 DC. Isso é apenas 11 anos depois da época da referência de João ao dia do Senhor em Apocalipse 1:10. É muito provável que João estava se referindo ao domingo quando mencionou esse dia. Não por causa de qualquer santidade agregada, mas porque era o dia comum de encontro para os cristãos.
Os primeiros cristãos tinham uma ligação sentimental ao primeiro dia da semana também. Não somente o Senhor ressuscitou nesse dia, mas das sete aparições de Jesus a seus discípulos, cinco delas foram no primeiro dia e nas outras, não há menção específica sobre qual foi o dia.
Também nesse ano, a festa de Pentecostes ocorreu no primeiro dia da semana. A igreja cristã nasceu num domingo. Mas isto NÃO significa que eles agregaram santidade ou qualidades do sábado a esse dia. Não havia nenhum apelo aos Dez Mandamentos anexados ao domingo.
Mesmo muito depois, quando Constantino fez a primeira lei de domingo, ela foi apenas uma lei que proibia o trabalho nesse dia. Ela foi bem recebida por cristãos e pagãos, pois eles não precisavam trabalhar nesse dia. Ela tornou a adoração mais conveniente, mas não foi uma lei baseada na lei do sábado. De fato, os fazendeiros eram isentos dessa lei. Eles poderiam continuar seu trabalho. Isto naturalmente não era permitido na lei do sábado do Velho Testamento.
Havia algum sentimento anti-judeu nesse tempo. Alguns têm sugerido que já que os judeus tinham problemas com o governo, os cristãos tentaram se distanciar dos judeus, começando a se afastar do sábado para evitar a perseguição. Mas os registros dessa época não indicam um povo que fazia alguma coisa porque estava tentando evitar a perseguição por causa de Cristo. Os exemplos são miríades de cristãos permanecendo firmes corajosamente em sua fé, apesar da ameaça da morte. Se isso fosse uma convicção para eles, eles manteriam a posição por ela. Mas eles NÃO tinham essa convicção sobre o sábado, como é visto claramente em sua literatura.
E foi assim até a época de Augustino no quinto século, onde alguma conexão entre os Dez Mandamentos e o domingo começou a ser feita. Mesmo assim, a conexão foi fraca. A santidade do sábado foi considerada cerimonial. Esta visão foi tornada mais proeminente por Tomás Aquino séculos mais tarde. Os reformadores, Calvino e Lutero, foram cuidadosos para declarar que o sábado não era mais obrigatório aos cristãos, mas eles viam mérito em ter esse dia para descanso e adoração.
Isso foi assim até a reforma inglesa em que o Decálogo sabático começou a ser forçado verdadeiramente. Os proponentes principais eram os puritanos. Eles começaram a ensinar que o Sabbath (embora chamavam o domingo de Sabbath) não foi abolido e fizeram regras detalhadas para seguir, de acordo com os regulamentos do Velho Testamento.
Isto naturalmente afetou outros grupos ingleses como os metodistas e os batistas. Muitos destes grupos que vieram a América e Nova Inglaterra tornaram-se notados pela estrita observância do Sabbath (domingo). Foi lá que um grupo, os batistas do sétimo dia deram um passo a mais e começaram a guardar o Sabbath no sábado.
Se o Sabbath do Velho Testamento é obrigatório aos cristãos, raciocinaram, nós temos que o guardar no dia certo também. Foram os batistas do sétimo dia que influenciaram Joseph Bates, que por sua vez influenciou E.G. White e o adventismo do sétimo dia nasceu. Os adventistas inicialmente estavam discutindo com os "puritanos" sobre qual dia é o Sabbath real, ao invés se isso era ou não era uma doutrina do Novo Testamento para os cristãos. Ao discutir sobre qual dia é o Sabbath, a mensagem da Bíblia e a mensagem que a igreja primitiva tinha claramente na mente, foi perdida completamente.
Estudo Pessoal sobre o Sábado por Greg Taylor (Ex-Pastor Adventista). Para ler a postagem completa clique aqui, para ler seu Testemunho aqui.
INTRODUÇÃO O SÁBADO NO NOVO TESTAMENTO
O SÁBADO NO VELHO TESTAMENTO
ARGUMENTOS SABATISTAS
O DOMINGO
CONCLUSÃO
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Foi interessante para mim descobrir o processo da igreja primitiva com isso.
Em um estudo exaustivo sobre o assunto do sábado para o domingo, D.A. Carson lançou um livro chamado "Do Sábado para o Dia do Senhor".[1]
Este livro é um trabalho altamente técnico que examina os pais da igreja primitiva e suas visões sobre o sábado e o domingo.
Desde o ano 100 DC, os primeiros cristãos unanimemente se encontravam no domingo. Esta era uma prática universal entre os cristãos.
Ninguém consideraram isso um sábado.[2] Mas todos encontravam-se nesse dia. Isto foi estabelecido muito antes do que os adventistas têm ensinado. E mais, isso era unânime entre os discípulos dos apóstolos.
É impensável que isso poderia ter acontecido sem ter sido a prática geral durante a era apostólica.
Outra vez eu quero dizer que os primeiros cristãos pensavam que era um dia bom a se encontrar por causa da ressurreição, mas não o associavam com uma mudança do sábado. Alguns destes cristãos, a maioria judeus, continuavam se encontrando no sábado. Outros, na maior parte gentios, não. Eles tinham as razões que nós já discutimos antes. Claramente, eles compreenderam os ensinos de Paulo e do resto da Bíblia, como já estudamos anteriormente. O sábado era uma opção OK, mas não obrigatória aos cristãos.
Entretanto, havia uma necessidade de se reunir para a adoração. Porque muitos dos cristãos judeus ainda assitiam na sinagoga no sábado, havia uma necessidade de ter uma outra hora em que os cristãos poderiam se reunir para suas próprias reuniões privadas. Isso ocorria no domingo, que eles começaram a chamar Dia do Senhor.
Nosso primeiro registro desta referência foi no ano 107 DC. Isso é apenas 11 anos depois da época da referência de João ao dia do Senhor em Apocalipse 1:10. É muito provável que João estava se referindo ao domingo quando mencionou esse dia. Não por causa de qualquer santidade agregada, mas porque era o dia comum de encontro para os cristãos.
Os primeiros cristãos tinham uma ligação sentimental ao primeiro dia da semana também. Não somente o Senhor ressuscitou nesse dia, mas das sete aparições de Jesus a seus discípulos, cinco delas foram no primeiro dia e nas outras, não há menção específica sobre qual foi o dia.
Também nesse ano, a festa de Pentecostes ocorreu no primeiro dia da semana. A igreja cristã nasceu num domingo. Mas isto NÃO significa que eles agregaram santidade ou qualidades do sábado a esse dia. Não havia nenhum apelo aos Dez Mandamentos anexados ao domingo.
Mesmo muito depois, quando Constantino fez a primeira lei de domingo, ela foi apenas uma lei que proibia o trabalho nesse dia. Ela foi bem recebida por cristãos e pagãos, pois eles não precisavam trabalhar nesse dia. Ela tornou a adoração mais conveniente, mas não foi uma lei baseada na lei do sábado. De fato, os fazendeiros eram isentos dessa lei. Eles poderiam continuar seu trabalho. Isto naturalmente não era permitido na lei do sábado do Velho Testamento.
Havia algum sentimento anti-judeu nesse tempo. Alguns têm sugerido que já que os judeus tinham problemas com o governo, os cristãos tentaram se distanciar dos judeus, começando a se afastar do sábado para evitar a perseguição. Mas os registros dessa época não indicam um povo que fazia alguma coisa porque estava tentando evitar a perseguição por causa de Cristo. Os exemplos são miríades de cristãos permanecendo firmes corajosamente em sua fé, apesar da ameaça da morte. Se isso fosse uma convicção para eles, eles manteriam a posição por ela. Mas eles NÃO tinham essa convicção sobre o sábado, como é visto claramente em sua literatura.
E foi assim até a época de Augustino no quinto século, onde alguma conexão entre os Dez Mandamentos e o domingo começou a ser feita. Mesmo assim, a conexão foi fraca. A santidade do sábado foi considerada cerimonial. Esta visão foi tornada mais proeminente por Tomás Aquino séculos mais tarde. Os reformadores, Calvino e Lutero, foram cuidadosos para declarar que o sábado não era mais obrigatório aos cristãos, mas eles viam mérito em ter esse dia para descanso e adoração.
Isso foi assim até a reforma inglesa em que o Decálogo sabático começou a ser forçado verdadeiramente. Os proponentes principais eram os puritanos. Eles começaram a ensinar que o Sabbath (embora chamavam o domingo de Sabbath) não foi abolido e fizeram regras detalhadas para seguir, de acordo com os regulamentos do Velho Testamento.
Isto naturalmente afetou outros grupos ingleses como os metodistas e os batistas. Muitos destes grupos que vieram a América e Nova Inglaterra tornaram-se notados pela estrita observância do Sabbath (domingo). Foi lá que um grupo, os batistas do sétimo dia deram um passo a mais e começaram a guardar o Sabbath no sábado.
Se o Sabbath do Velho Testamento é obrigatório aos cristãos, raciocinaram, nós temos que o guardar no dia certo também. Foram os batistas do sétimo dia que influenciaram Joseph Bates, que por sua vez influenciou E.G. White e o adventismo do sétimo dia nasceu. Os adventistas inicialmente estavam discutindo com os "puritanos" sobre qual dia é o Sabbath real, ao invés se isso era ou não era uma doutrina do Novo Testamento para os cristãos. Ao discutir sobre qual dia é o Sabbath, a mensagem da Bíblia e a mensagem que a igreja primitiva tinha claramente na mente, foi perdida completamente.
Notas:
[1] D.A. Carson, From Sabbath to the Lord’s day: A Biblical, Historical, and Theological investigation (Eugene OR, 1999)
[2] Existem três escolas de pensamento com respeito ao sábado. Há um grupo pequeno, que inclui a IASD que ensina que o sábado continua no Novo Testamento. Um segundo grupo ensina a teologia da transferência e afirma que o mandamento do sábado do sábado ainda é obrigatório, mas a santidade do dia foi transferida do sábado para o domingo (este veio muito depois no desenvolvimento da igreja cristã. Os primeiros cristãos não ensinavam nenhum destes dois conceitos). Finalmente, há um grupo maior de cristãos que ensinam que Jesus cumpriu o sábado e a lei. Ele é o nosso descanso sabático.
Saiba mais em:
Visite também nossa página sobre: Os Dez Mandamentos. Para compreender como funcionam os Concertos acesse nosso estudo: As Alianças, ou nossa página sobre Os Concertos.
Texto Original: Greg Taylor
Adaptação e Notas Adicionais: Hélio S. Júnior
[2] Existem três escolas de pensamento com respeito ao sábado. Há um grupo pequeno, que inclui a IASD que ensina que o sábado continua no Novo Testamento. Um segundo grupo ensina a teologia da transferência e afirma que o mandamento do sábado do sábado ainda é obrigatório, mas a santidade do dia foi transferida do sábado para o domingo (este veio muito depois no desenvolvimento da igreja cristã. Os primeiros cristãos não ensinavam nenhum destes dois conceitos). Finalmente, há um grupo maior de cristãos que ensinam que Jesus cumpriu o sábado e a lei. Ele é o nosso descanso sabático.
Visite também nossa página sobre: Os Dez Mandamentos. Para compreender como funcionam os Concertos acesse nosso estudo: As Alianças, ou nossa página sobre Os Concertos.
Texto Original: Greg Taylor
Adaptação e Notas Adicionais: Hélio S. Júnior
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