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Se o pecador pudesse obter vida pela lei, a lei não seria perfeita, ou então ele não seria pecador. É impossível que o pecador possa obter vida por meio de uma lei perfeita, porque, embora seja perfeita, tem de condená-lo: a sua perfeição absoluta manifesta e sela a ruína e condenação do homem.
"Por isso, nenhuma carne será justificada diante dele pelas obras da lei, porque pela lei vem o conhecimento do pecado" (Rm 3:20).
O apóstolo não diz que o pecado é pela lei, mas somente que por ela vem o conhecimento do pecado.
"Porque até à lei estava o pecado no mundo, mas o pecado não é imputado não havendo lei" (Rm 5:13).
O pecado existia, e precisava apenas da lei para o manifestar na forma de "transgressão". É como se eu dissesse a meu filho: "não deves tocar nessa faca". A minha proibição revela a tendência do seu coração para fazer a sua própria vontade.
O apóstolo João diz que o "o pecado é iniquidade" (1 Jo 3:4). A palavra "transgressão" não traduz o verdadeiro pensamento do Espírito Santo nesta passagem [1]. Para que haja transgressão é necessário que seja estabelecida uma regra ou linha de conduta definida; porque transgressão quer dizer cruzar uma linha proibida; essa linha têmo-la na lei.
O apóstolo João diz que o "o pecado é iniquidade" (1 Jo 3:4). A palavra "transgressão" não traduz o verdadeiro pensamento do Espírito Santo nesta passagem [1]. Para que haja transgressão é necessário que seja estabelecida uma regra ou linha de conduta definida; porque transgressão quer dizer cruzar uma linha proibida; essa linha têmo-la na lei.
Tomemos por exemplo algumas das suas proibições: "Não matarás", "Não cometerás adultério", "Não furtarás". Aqui tenho, pois, uma regra ou linha posta diante de mim; porém descubro que tenho em mim mesmo os próprios princípios contra os quais estas proibições são expressamente dirigidas.
Ainda mais, o próprio fato de me ser proibido matar mostra que o homicídio está em minha natureza. Não havia necessidade de me ser proibido fazer uma coisa que eu não tinha inclinação para fazer; porém, a revelação da vontade de Deus, quanto ao que eu deveria ser, mostra a tendência da minha vontade para ser aquilo que não devo. Isto é bem claro, e está perfeitamente de acordo com todo o ensino apostólico sobre este assunto.
Próximo Capítulo:
Não somos Justificados pela Lei
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Nota:
[1] Ao contrário da King James Version (inglês), que emprega a palavra transgressão, as traduções em português de João Ferreira de Almeida e de António Pereira de Figueiredo empregam o vocábulo iniquidade, o qual nos parece estar mais conforme com o original (N. do T.).
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Não somos Justificados pela Lei
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Nota:
[1] Ao contrário da King James Version (inglês), que emprega a palavra transgressão, as traduções em português de João Ferreira de Almeida e de António Pereira de Figueiredo empregam o vocábulo iniquidade, o qual nos parece estar mais conforme com o original (N. do T.).
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