A Lei Condena o Pecador


É, portanto, claramente impossível que alguém possa obter a vida e a justificação por meio daquilo que só pode amaldiçoá-lo; e a menos que a condição do pecador e o caráter da lei sejam inteira­mente alterados, a lei não pode fazer mais que amaldiçoá-lo.

  • A Lei Condena o Pecador
A lei não é indulgente com as fraquezas, e não reconhece a obediência sincera, embora imperfeita. Se fosse este o caso, não seria aquilo que é, "santa, justa e boa" (Rm7:12). É justo que o pecador não possa obter vida pela lei porque a lei é aquilo que é.

Se o pecador pudesse obter vida pela lei, a lei não seria perfeita, ou então ele não seria pecador. É impossível que o pecador possa obter vida por meio de uma lei perfeita, porque, embora seja perfeita, tem de condená-lo: a sua perfeição absoluta manifesta e sela a ruína e condenação do homem. 

"Por isso, nenhuma carne será justificada diante dele pelas obras da lei, porque pela lei vem o conhecimento do pecado" (Rm 3:20). 

O apóstolo não diz que o pecado é pela lei, mas somente que por ela vem o conhecimento do pecado. 

"Porque até à lei estava o pecado no mundo, mas o pecado não é imputado não havendo lei" (Rm 5:13). 

O pecado existia, e precisava apenas da lei para o manifestar na forma de "transgressão". É como se eu dissesse a meu filho: "não deves tocar nessa faca". A minha proibição revela a tendência do seu coração para fazer a sua própria vontade.

O apóstolo João diz que o "o pecado é iniquidade" (1 Jo 3:4). A palavra "transgressão" não traduz o verdadeiro pensamento do Espírito Santo nesta passagem [1]. Para que haja transgressão é necessário que seja estabelecida uma regra ou linha de conduta definida; porque transgressão quer dizer cruzar uma linha proibi­da; essa linha têmo-la na lei. 

Tomemos por exemplo algumas das suas proibições: "Não matarás", "Não cometerás adultério", "Não furtarás". Aqui tenho, pois, uma regra ou linha posta diante de mim; porém descubro que tenho em mim mesmo os próprios princípios contra os quais estas proibições são expressamente dirigidas. 

Ainda mais, o próprio fato de me ser proibido matar mostra que o homicídio está em minha natureza. Não havia necessidade de me ser proibido fazer uma coisa que eu não tinha inclinação para fazer; porém, a revelação da vontade de Deus, quanto ao que eu deveria ser, mostra a tendência da minha vontade para ser aquilo que não devo. Isto é bem claro, e está perfeitamente de acordo com todo o ensino apostólico sobre este assunto.

Próximo Capítulo:

Não somos Justificados pela Lei

_____________________

Nota:

[1] Ao contrário da King James Version (inglês), que emprega a palavra transgressão, as traduções em português de João Ferreira de Almeida e de António Pereira de Figueiredo empregam o vocábulo iniquidade, o qual nos parece estar mais conforme com o original (N. do T.).

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“If you lose confidence in the Testimonies you will drift away from Bible truth.” Ellen G. White, Testimonies to the Church, Vol. 5, p. 98.

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